CATEDRAL SANTA TERESA

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07/04/2023

Celebração da Paixão do Senhor reúne mais de 1 mil pessoas na Catedral Diocesana de Caxias do Sul

Presidido por Dom José Gislon, bispo diocesano, o ato recorda, por meio de leituras e orações, o momento em que Jesus morreu cruz; a chuva atrapalhou a realização da procissão do encontro entre o Cristo Morto e Nossa Senhora das Dores

Celebração da Paixão do Senhor reúne mais de 1 mil pessoas na Catedral Diocesana de Caxias do Sul

A chuva que começou a cair por volta das 15h da Sexta-feira Santa, em Caxias do Sul, não atrapalhou as manifestações de fé dos católicos. Apesar do cancelamento da procissão do encontro das imagens do Cristo Morto e de Nossa Senhora das Dores pelas ruas centrais, mais de 1 mil pessoas participaram da Celebração da Paixão do Senhor, na Catedral Diocesana Santa Teresa D'Ávila.

Presidido por Dom José Gislon, bispo diocesano, o ato recorda, por meio de leituras e orações, o momento em que Jesus morreu cruz. Logo ao iniciar a Celebração, o bispo e os padres Volnei Vanassi e Tiago Camozzato, pároco e vigário da Catedral, se prostraram diante do altar e da cruz, sendo que esta estava envolta em panos vermelhos. Realizadas as leituras bíblicas do Servo Sofredor e da carta aos Hebreus, que recorda a fé no Cristo morto e do canto do Salmo, em forma de diálogo aconteceu a proclamação da Paixão, com o texto do evangelho de João, que recorda a entrega, a condenação e morte de Jesus.

Após esse momento, a Igreja unida rezou pelas diferentes dimensões da vida humana: os poderes políticos, a sociedade e mesmo os que não creem em Cristo, bem como pela própria Igreja Católica, espalhada pelo mundo inteiro. Logo depois, com o refrão "Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo", entoado três vezes, os panos vermelhos foram retirados, a Cruz foi revelada e, assim, feita a adoração. O rito foi concluído com a distribuição da Eucaristia consagrada na Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa.

Com a imagem do Cristo Morto, a comunidade estava pronta para iniciar a procissão, mas a chuva impossibilitou. Desta forma, junto com os grupos que chegaram das paróquias São Pelegrino e São Leonardo Murialdo, novamente adentraram à Catedral Diocesana para ouvirem a homilia de Dom José Gislon e a oração sobre o povo, que concluiu a Celebração da Paixão.

Em sua reflexão, Dom José recordou a liturgia da Palavra proclamada durante a Celebração da Paixão. O bispo explicou cada um dos gestos, com o da prostração diante da cruz de Jesus. "Queremos revelar ao mundo, como a morte do Messias não escondeu, mas revelou, a obra de Deus. Olhando para a cruz de Cristo, sabemos que ele compreende o nosso medo e nossa dor, mas também podemos experimentar a salvação que vem a nós. Deus não nos salva nos humilhando, com o seu ser Deus, mas com a sua humildade, que assumiu e sofreu nossa violência. Nós é que precisamos nos converter à sua humildade. 

Ao fazer referência à Campanha da Fraternidade 2023, cuja temática é a fome no Brasil, refletiu sobre o olhar social do cristão. "A fome não é somente um problema do faminto, porque ela nos desafia enquanto sociedade. A dimensão social da fé nos pede engajamento na busca de soluções eficazes para o drama da fome. A realidade da fome chega ao coração do Bom Pastor, que move seus discípulos missionários para solucionar este mal, não a partir da lógica do dinheiro, mas da lógica de Jesus e do seu Evangelho. O motor do nosso agir não é outro senão a pessoa de Jesus Cristo, no qual a solidariedade nasce de uma experiência e não de uma ideologia partidária, mas de um encontro transformador com Cristo. A caridade não pode morrer entre os cristãos", exclamou.

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